sexta-feira, 17 de julho de 2015

Certeza somente na incerteza


O Atlético-MG é o melhor favorito que o Brasileirão 2015 pode
oferecer. Créditos: Bruno Cantini/Divulgação Atlético-MG
         Poucas vezes foi tão grande difícil apontar favoritos em uma competição como no início deste Campeonato Brasileiro — mesmo para os padrões de uma das mais voláteis competições do mundo como é o Brasileirão. O monopolista do favoritismo nos dois últimos anos, o Cruzeiro, já não despertava a mesma confiança construída pelo bicampeonato com as perdas dos três melhores jogadores do elenco: Lucas Silva, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. Solapou de vez qualquer confiabilidade ao demitir o orquestrador da recente hegemonia, Marcelo Oliveira, e trazer o moribundo Vanderlei Luxemburgo.

             Os demais times postulantes ao cargo apresentam poréns tão grandes quanto os do Cruzeiro. Para cada requisito credenciador à elevação ao posto "favorito", um calcanhar de Aquiles. O mais promissor deles, com 13 rodadas de campeonato, é o líder Atlético-MG; que também não passa pelo teste do favoritismo.

            A equipe mineira tem no ataque a grande arma — não por coincidência, o melhor do campeonato até aqui, único com média de mais de dois gols por partida: 28 em 13 jogos. Tal marca se explica quando observada a grande movimentação dos quatro (ou cinco) jogadores da frente, todos leves e/ou com qualidade para participar da construção das jogadas. Sendo que esses quatro ou cinco com tais qualidades são apenas os jogadores do time titular: no elenco, são pelo menos oito desses: Pratto, Giovanni Augusto, Luan, Thiago Ribeiro, Dátolo, Guilherme, Carlos e Dodô. 


           Os “poréns” começam quando se lembra do principal nome do time nesses primeiros jogos: Thiago Ribeiro, o artilheiro do time com seis gols, é o mesmo que saiu chutado e desacreditado do Santos no começo do ano. É arriscado acreditar que esses jogadores que fazem o melhor futebol praticado no País no momento manterão o ritmo nas 25 rodadas restantes; nenhum é craque. Não dão certeza da dissipação daquele que foi o principal problema do time em muitos momentos dos últimos dois anos: a falta de repertório de jogo quando não funcionava a combinação de velocidade e pressão. A grande variação de jogo apresentada pelo Galo em tais situações era a bola parada, sobretudo, para os zagueiros. 

           É pouco para quem quer ser campeão em um País onde muitas equipes ficam bastante confortáveis abdicando da posse da bola — mais que isso, gostam de tal situação, defendendo-se atrás da linha da bola e saindo em contra-ataques. O Galo pode perder pontos valiosos em confrontos contra as Chapecoenses e Goiáses da vida — e mesmo contra os rivais pela taça, já que tal pragmatismo defensivo é comum também na parte de cima da tabela. Piora a situação quando se vê que as contusões são constantes no elenco atleticano, carecendo as inovações via substituição.

             Da esperança do brilhantismo à esperança do pragmatismo
O Corinthians dos inícios do Paulista e da Libertadores só existe
em sonho agora. Créditos: Marcos Ribolli/Globo Esporte
           O Corinthians, assim, seria o principal postulante a suplantar tal cargo. No entanto, é preciso lembrar que se trata de um grande retrocesso ao time de melhor futebol no País no começo da temporada ser a segunda opção. O Corinthians dos golaços e dos domínios sobre os adversários não existe mais. E não conseguiu resgatar o eficiente pragmatismo dos últimos times de Tite. As eliminações no Campeonato Paulista e na Taça Libertadores mostraram isso. Nessas eliminações, a equipe ainda contava com os hoje ex-jogadores Fábio Santos, Emerson Sheik e Guerrero. Portanto, a perda de jogadores é um dos “poréns” que vacilam a categorização inconteste do Corinthians como favorito; está, sobretudo, na falta de variabilidade tática e estratégica de Tite a impossibilidade de tal qualificação. Após o efetivo 4-1-4-1 do início da temporada mostrar limitações, o treinador corintiano não apresentou nenhuma alternativa. Somente após as eliminações — que se mostravam previsíveis nas más atuações das últimas rodadas do Paulista — e após o vacilante início de Brasileiro, o time pareceu ter cultivado um fôlego para pleitear o troféu — mas não para ser um favorito unânime. O time recuperou um pouco do pragmatismo do Tite de 2010-1013, não o brilhantismo do início do ano. Faltam as tabelas rápidas nutridas pelas incessantes movimentações de até sete jogadores; sobram as dependências das inconstâncias individuais. Elias, Jadson e Renato Augusto, os grandes responsáveis por essas individualidade, conseguem bons coelhos das cartolas; resta saber se em grande quantidade. Dentro da estratégia pragmática, ainda falta a solidez defensiva e frieza do time de 2012, por exemplo, que davam ao torcedor uma incrível sensação de segurança quanto ao placar.


               Favoritismo sui generis

O São Paulo é um favorito a este campeonato da mesma forma que foi do último: uma combinação entre qualidade de alguns de seus jogadores e falta de concorrência. Em 2014, foi, por muito tempo, o único rival visível ao Cruzeiro, mas acabou com uma segunda colocação confortável — tanto por não ser ameaçado pelos de baixo, quanto por não ameaçar o de cima. De lá para cá, segue o técnico sem conseguir padrão de jogo que possa adequar os bons jogadores aos ruins e inconstantes. Sendo que nesse ano, a primeira dessas três categorias encolheu frente às outras duas, com as saídas de Souza e Kaká, e a definitiva transição de “inconstante” para “ruim” de Ganso. Atualmente, pode-se qualificar como bom sem vacilações apenas Michel Bastos. Ele se soma aos inconstantes Rogério Ceni, Rodrigo Caio, Thiago Mendes, Centurión, Pato e Luís Fabiano; e aos ruins zagueiros, laterais e volantes à exceção de Hudson. Sendo que são comandados por um técnico novo e sem experiência nacional, que chega após “desperdiçar” os jogos de adaptação — além daqueles em que Milton Cruz foi o comandante. Esquema táticos e jogadores ainda não consolidados resultaram em alguns pontos perdidos: podem fazer falta no final. O quadro suficiente para se manter na parte de cima da tabela de um campeonato como o Brasileiro, mas não como favorito ao título.

Sim, o Palmeiras está favorito e por ter um bom elenco.
Créditos: Rivaldo Gomes/Folhapress
No começo do ano, seria um devaneio citar o Palmeiras em um texto que procura estabelecer favoritos ao título do Brasileirão. Já no começo do campeonato, seria apenas equivocado. Hoje, com Marcelo Oliveira, já é aceitável. O farto elenco ainda o é mais por causa das muitas peças do que da existência de grandes jogadores. Mas, ainda assim, há boas peças, que, ao dar diversas opções ao treinador, tornam o time competitivo, até por proporcionar a saudável concorrência interna — talvez, a zaga seja o único lugar onde isso não aconteça. O time está pronto; não é brilhante, mas qual é? Nessa confusão de perdes-e-ganhas, qualquer equipes melhor arrumada pode sobressair-se. E o Palmeiras de Marcelo Oliveira esboçar ser uma dessas.

O único brasileiro ainda vivo na Libertadores, o Internacional, deveria constar como candidato ao título, certo? Não, sabendo que uma equipe não é campeã da Libertadores e do Brasileirão em um mesmo ano desde a introdução dos pontos corridos. E, mesmo sem ser campeão, o Inter já perdeu vários pontos — o aproveitamento colorado é de apenas 41%. Mas, diferentemente de outras equipes que dividiam atenções nas duas competições, as explicações para o baixo aproveitamento não estão apenas na divisão de foco. O Inter vem jogando mal. O elenco não é brilhante, apesar dos muitos nomes conhecidos, parecendo estar fazendo uma grande Libertadores muito por causa do foco. Nas “vulgaridades” dos jogos do eclipsado Brasileiro, o time não entra com a faca entre os dentes necessária para fazer superar as limitações do plantel.

Não briga por título quem depende dos gols de André e do futebol
de Maikon Leite e Marlone. Créditos: Paulo Paiva/Diário de Pernambuco
Demais

Observando a tabela às vésperas do início da 14ª rodada, vê-se Grêmio, Fluminense e Sport entre os sete primeiros colocados, a duas vitórias de distância da liderança. Não estão colocados neste texto como favoritos ao título pois não devem manter tal ritmo. São times que já surpreendem estando nessas posições a essa inicial etapa do campeonato; portanto, estariam causando espanto ainda maior se melhorassem de classificação ao término da 38ª rodada. Como se viu, o cenário não é de fortes e seguras equipes, e, portanto, a manutenção de uma dessas três equipes nas primeiras colocações não é improvável. Mas título sim, é.

Portanto, deve ficar entre Galo e Corinthians o título brasileiro deste ano? Entre o time que tem Thiago Ribeiro como melhor jogador e o time que perdeu pro combalido Santos chutando cinco vezes ao gol. É, não é possível dar uma resposta definitiva. Talvez, na 37ª rodada já seja possível.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A vida do Ex Imperador


Tantos gols, títulos, momentos marcantes. Essa era a vida de Adriano. Hoje com 33 anos, Adriano está há um ano sem clube. Estava negociando com o Le Havre da segunda divisão do futebol francês. Atacante goleador, forte e com uma potência na perna esquerda, ele era o principal candidato a ser o sucessor de Ronaldo na seleção. Mas ás más influencias e amizades, acabaram com sua carreira. Na Inter de Milão foi o dono da Itália,  no Brasil conquistou o Brasileirão de 2009, no São Paulo fez vários gols e teve uma boa participação na Libertadores, na Copa América de 2004 fez o gol no finalzinho contra a Argentina. Depois de muito sucesso o seu império começou a cair. A morte do seu pai em 2004 foi o divisor de águas na sua carreira. Bebidas, festas, mulheres e a favela foram a sua decadência. Depois de seu ultimo brilho, com o titulo Brasileiro de 2009, Adriano desapareceu. Pensou em suicídio, disse que precisava de ajuda, foi ajudado, mas não deu retorno. Chegou ao Corinthians em 2011, mas passou quase toda temporada machucado, mesmo assim foi campeão Brasileiro novamente, mas não como protagonista, e sim como um simples coadjuvante. Foi pra farra e se perdeu novamente. As portas começaram a se fechar, ninguém mais se interessava com seu futebol. Em 2014 foi contratado pelo Atlético PR para a disputa da Libertadores. Só fez um gol e foi embora. Uma grande perda para nosso futebol e Seleção. Um cara que tinha de tudo pra ser ídolo, campeão, e foi estragado pelas más amizades. Amizades da favela que hoje viraram as costas pra ele. Sem sucesso, ele parece não ligar mais para o futebol. Da última vez foi visto numa festa em uma mansão em Búzios. Fico triste por tanto talento desse ser desperdiçado.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sheik é Mengo!


Depois de 6 anos, Emerson Sheik voltou ao Flamengo. TriCampeão Brasileiro com 3 equipes diferentes; Flamengo, Fluminense e Corinthians; Sheik está de volta à Gávea. Demitido do Fluminense por cantar o hino do Flamengo no ônibus antes de um jogo pela Libertadores, Sheik disse na sua entrevista que agora pode cantar a vontade o hino do Flamengo. Fez história no Corinthians com o título Brasileiro, Libertadores e Mundial, uma passagem conturbada no Botafogo, em que se envolveu em confusão com o Ex presidente Maurício Assumpção, amores fora do gramado como a ex Panicat Nicole Bahls, Sheik coleciona polêmicas ao longo de sua carreira. Mas dentro de campo ele se destaca. Jogador rápido, ótimo taticamente, briga muito dentro de campo, se doa muito. Na sua primeira passagem pelo Flamengo, ele perdia em média 3kg por cada jogo. Raça com certeza não vai faltar de sua parte, mas as vezes suas polêmicas atrapalham o rendimento dentro de campo. Sua fama de cabeça quente , ele briga com qualquer um que ele não goste. Nem a CBF escapou das polêmicas de Sheik. Ano passado ele foi expulso de campo, foi direto para a câmera e xingou a CBF: "CBF você é uma vergonha". Agora todos sabem que é uma vergonha mesmo. Ele só falou o que todos queriam falar e não tiveram coragem. Carismático e sempre dando show em suas entrevistas Sheik está de volta, agora é esperar pela sua próxima polêmica, todos adoram Sheik. Menos a CBF e o Assumpção.

                                         


                                        

terça-feira, 16 de junho de 2015

Má fase...


Campeão da Copa do Nordeste 2015, quase Penta Campeão estadual. O primeiro semestre do Ceará deu o que falar. Dado Cavalcante começou no comando do Vozão, depois de alguns resultados ruins, foi embora e veio Silas Pereira. Com ele Ceará não conseguia emplacar, mesmo assim com seu time bastante entrosado conseguiu vencer a Copa do Nordeste. Um time do forte marcação, e um ataque fulminante com Magno Alves, Ceará se impôs contra seus adversários. Mas depois da perda do Penta, as coisas começaram a desandar. Dado como muitos o time para brigar pelo título da Série o Vozão vem amargando resultados ruins. É o vice-lanterna da competição, apenas com 1 vitória, 1 empate e 5 derrotas. Lógico que ainda é início de campeonato, mas quando o Ceara vai reagir. Quando essa má fase vai passar? Alguns jogadores importantes saíram: Magno Alves, Samuel Xavier, Marcos Aurélio, William Batoré, Assisinho; que só volta a jogar no ano que vem, por conta de uma cirurgia no joelho. E o Vozão não tem contratado jogadores a altura para suprir as ausências. Roger Gaúcho, Fabinho, Vinicius, Roniery. Todos esses não estão dando certo ainda. Um time que no começo do ano era favorito ao título, hoje dizem que briga para não cair para série C. O que houve com o Campeão do Nordeste? Muitos não sabem explicar. É a mesma base do time da Copa do Nordeste. Corpo mole de alguns jogadores? Ou simplesmente aquela fase boa passou? 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Neymardependência



Na estreia da Seleção Brasileira na Copa América 2015, o Brasil venceu no sufoco o Peru por 2x1. Gols de Neymar e Douglas Costa. Tirando essa vitória e tal, o que devemos nos preocupar de novo, é sobre a Neymardependência. Se o maior astro da Seleção Brasileira não jogar bem, não fizer gol ou não jogar, nossa Seleção dificilmente irá ganhar de qualquer time. No jogo contra o Peru, Neymar foi decisivo, com um gol e uma bela assistência. Mas está longe de esquecer o trauma da Copa do Mundo de 2014. Com nossas emissoras falando somente em que Neymar vai se tornar o maior artilheiro da Seleção e que será o melhor do mundo algum dia, mas será isso o principal objetivo da Seleção Brasileira? SIM! Ninguém culpa Neymar, é um monstro e joga muito, mas o que nossa mídia está fazendo com nosso Seleção é uma vergonha. Desmerece o resto dos jogadores e coloca Neymar acima da nossa Seleção. Acorda povo, vocês estão comprando o que a mídia fala. Nossa Seleção são 23 jogadores e não só 1. Nosso maior objetivo é ser Hexa e não tornar Neymar melhor do mundo. Isso ele faz no Barcelona. Enquanto essa mídia estiver fazendo isso, vamos começar a torcer contra. E o que é o certo, ninguém sabe se todos os jogadores foram convocados por merecimento na visão do Dunga, ou se tem algum lance de empresário no meio. Por enquanto o povo se faz de cego e aceita o que a mídia fala.